O aniversário e o abandono da cidade



Chegamos ao mês de abril, e com ele mais um aniversário da nossa cidade de Rosário do Sul, no próximo dia dezenove. Como dizia minha mãe “pobreza é uma coisa, relaxamento é outra”. A despeito de manter a casa sempre limpa, o pátio sempre varrido, e os filhos bem vestidos. A mesma fórmula deveria ser aplicada pela Administração Municipal, com relação a nossa cidade. O que não acontece. Caminho diariamente pelas principais ruas da cidade, assim como seguidamente circulo pelas periferias e tenho notado o total abandono e a falta de respeito com o povo rosariense por parte das nossas autoridades constituídas. O mato toma conta de tudo, os canteiros centrais servem de lixeiras e depósitos de material de demolição, sujeiras de pátios, lixos, e qualquer outro tipo de bagunça desorganizada.
A FISCALIZAÇÃO QUE NÃO FUNCIONA
As máquinas da CORSAN, que realizam consertos de encanamentos, quebram as calçadas, derrubam os meios-fios, que após serem pintados de branco ficam parecendo dentes quebrados. Cada buraco aberto demora uma eternidade para ser fechado.
RELAXAMENTO ACUMULADO
A terra toma conta do asfalto, aliás, em péssimo estado, e em certos locais já emparelha com o meio fio. Quando é feito o corte da vegetação, o lixo originado pelo serviço fica esparramado pela cidade, até que uma chuva forte, ou ventos, o desloquem para as bocas de lobos. A paisagem originada é por demais lamentável e horrenda. O lixo nas via públicas deixa o a cidade e suas ruas com um aspecto de cidade fantasma. Visitei São Gabriel, me encantei com a beleza e o capricho da cidade vizinha. Como pode numa cidade haver capricho e respeito com o povo e na outra esse relaxamento explícito? Ambas possuem orçamento, equipamentos e gente para cuidarem de tudo na cidade. Por que uma cidade é bem cuidada e a outra mal tratada?
NÃO SIGAM OS MAUS EXEMPLOS
A população tem um pouco de culpa, por não consertar suas calçadas, nem cuidar do lixo, devido ao mau exemplo dado pelas autoridades da grande Casa, que não fiscalizam os serviços terceirizados e não fazem a sua parte nos passeios públicos. Com que ardor e entusiasmo as Entidades irão desfilar no dia do aniversário da cidade, se para chegarem à praça terão que transpor todos esses buracos e enfrentar toda essa sujeira? E ainda ouve-se falar em revitalização de praças e logradouros. Deve haver sensibilização e revitalização das cabeças das nossas autoridades, e tomarem algumas aulas de gestão pública e outras de limpeza pública.
Baltazar Doile DiasE-mail: baltazardoile@yahoo.com.br