CAOS NO TRÂNSITO DE ROSÁRIO DO SUL

De alguns anos para cá temos visto uma quantidade imensa de veículos sendo colocados em circulação no trânsito. Não é um privilégio somente de Rosário do Sul, é um fenômeno que acontece em todo o país, em todas as cidades, por minúsculas que sejam. Os motivos deste fenômeno são os incentivos dados à indústria automobilística e a concessão deliberada de créditos através de empréstimos e financiamentos, reflexos das medidas adotadas pelo governo brasileiro, para conter a crise financeira mundial, e dos avanços do governo Lula. Muitos concluem que é porque a cidade está se desenvolvendo, infelizmente não é verdade. São reflexos do que acontece em todas as cidades, muitas delas com medidas de melhorias no trânsito, já tomadas, como Santa Maria, por exemplo. Colocadas essas questões, pergunto: Como poderemos sobreviver com toda essa demanda veicular adicional, rodando em ruas e avenidas locais, associadas às motocicletas e bicicletas, além dos carrinhos de recicladores de lixo, sem que o sistema viário receba adequações e alterações necessárias para enfrentar esse impacto? E os containeres de lixo colocados nas esquinas tirando a visibilidade, e as placas de publicidades nas calçadas e canteiros centrais? O Município tem um engenheiro de trânsito, ou não tem? Onde está, onde se reúne e o que faz o Conselho Municipal de Trânsito? Quais as últimas medidas tomadas pelo Conselho, se é que ele existe? Até quando vamos conviver nas ruas do centro com a circulação indiscriminada de grandes caminhões, de tanques do exército, de carroças e de máquinas agrícolas? Pelo que me informaram no Poder Legislativo, existe uma lei que proíbe o trânsito de caminhões no centro da cidade de Rosário do Sul. Quem, afinal, deverá regulamentar, isto é, encontrar mecanismos e alternativas, para que essa lei seja cumprida? Até quando vamos conviver com um semáforo de quatro tempos, na esquina mais movimentada da cidade, que confunde totalmente os pedestres que passam pelo local? Até quando vamos ter que nos espremer entre os grandes veículos estacionados obliquamente na Praça Borges de Medeiros e seu entorno? Seria o caso de fazer o trânsito em mão única na volta da praça, em sentido anti-horário, ou ainda, se isso não for possível, demarcar com faixa amarela contínua a divisa das duas vias, evitando que carros entrem na contramão para estacionarem no outro lado da rua, e proibir o estacionamento de grandes veículos. Em muitos cruzamentos do centro caberiam a construção de rótulas, para agilizar e dar vazão ao trânsito, com mais segurança. Esperamos que a Administração Municipal, através do seu órgão de trânsito, faça alterações de impacto no trânsito local, antes que vire um caos total, evitando dessa forma acidentes indesejáveis.



Baltazar Doile Dias

baltazardoile@yahoo.com.br